quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Palavras escondidas

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* Com a mesma falta de vergonha na cara
Eu procurava alento no seu último vestígio
No território da sua presença impregnando tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone

* São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa

* A vida é doce, depressa demais.

* E de repente o telefone toca e é você do outro lado
Me ligando, devolvendo minha insônia, minhas bobagens
Pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega que pousou na tua sopa
Me perdoa daquela expressãopré-fabricada de tédio
Tão canastrona que nunca funcionou nem funciona.

* Me perdoa.

* A vida é doce, depressa demais...

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